De agosto de 2010.
"Se bem que não é de fato nem completamente, parece inofensivo manifestar-se apenas simbolicamente diante de questões importantes. Pode-se dizer de uma saturação de discursos diversos a respeito da “sustentabilidade”, da prática criativa e construtiva no ensino de arquitetura. Donde a necessidade de superar, com outras possibilidades de manifestação, como a experimentação prática.
Bio-arquitetura, idéias e alternativas.
Práticas da chamada bio-arquitetura já vêm se realizando nesta Universidade. O mais curioso, porém, é que não seja através da Faculdade de Arquitetura. Baseado no modelo de Sistema Agroflorestal (SAF), o espaço entre a Biblioteca Central e o Instituto de Biologia (IBio) é um laboratório de experimentação de botânica e bio-arquitetura desde 2002. Em seu curso, já recebeu contribuições de Johan Van Lengen (Manual do arquiteto descalço). Apesar de tudo, hoje enfrenta dificuldades diante das obras que vêm sendo realizadas na UFBA e que ignoram ações como estas.
O enfoque do orquíDEA, com a peculiaridade de ser conduzido por estudantes de arquitetura, é a tectônica nesse contexto, através dele e em sua parceria. A construção do espaço por alternativas diversas em que uma delas é a bio-arquitetura, mas não necessariamente. Não se restringindo pela construção de tipo mais “natural”, o programa pretende estimular os estudantes a aplicar novos materiais, técnicas e gestos estéticos.
Como geralmente se a associa a emissão de poluentes e consumo de matérias-primas, em um primeiro momento a tecnologia soa contrária à sustentabilidade. Contudo, naquilo em que ela é sinônimo de eficiência e alternativa está a prova de que, pelo contrário, ela é uma grande aliada da natureza e das pessoas. Na prática construtiva, os estudantes lidarão com situações onde suas criatividades estarão estimuladas a encontrar meios, desenvolver técnicas para realização final do espaço – o que é, sumariamente, a própria arquitetura.
Horto, uma praça.
O espaço pretende ser também um horto, com exemplares de plantas ornamentais e vegetais de produção, ligáveis à permacultura. Por um lado, os professores poderão assistir os alunos em visitas ao espaço e, por outro, com o uso do espaço para outras atividades, o contato pode ser algo cotidiano e natural, facilitando o conhecimento. Além de que, como o espaço será mantido por iniciativa dos estudantes, o aprendizado sobre a manutenção e conseqüências diversas do plantio será simultâneo e prático.
Muito mais que um local de exposição, um lugar de uso. Para atividades que não demandem tanto equipamento, mas requeiram espaço. Um pequeno encontro, um pequeno evento. A realização de protótipos de arquitetura mais leve, já que a escala 1:1 diz muito do projeto e para atividade de projetar. Muito importante, também e principalmente, é a sensação de os estudantes usarem um espaço projetado e construído por eles mesmos, sujeito a modificações segundo suas concepções ao longo do tempo.
Iniciativa
O Diretório dos Estudantes de Arquitetura da UFBA capitaneará e se responsabilizará pelo programa, que será iniciado por estudantes interessados. Pretende, no curso das atividades, receber interessados e colaboradores externos, como estudantes de outros campos do conhecimento nesta Universidade. Uma parceria viável, inclusive, com a Ong Organismo, naquilo em que podem contribuir com suas experiências no SAF do Ibio e outras mais, além da parceria com o Diretório Central dos Estudantes da UFBA, no que se refere à campanha por uma gestão ambiental de qualidade para a Universidade.
O espaço
Para a realização das atividades, o Platô é o espaço pensado. Com vistas à conseqüência de fortalecer ainda mais esse espaço da Faculdade, que é acenado por um artigo definido. Espaço para o qual a faculdade é o recôncavo, visto dos diversos pontos do prédio. Espaço cujo uso justificaria e levaria a cabo uma manutenção mais regular.(...)"
Que tal?
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